28 de outubro de 2008

UM POEMA DE COMEMORAÇÃO



Decidi comemorar, na rede, meus 60 anos neste 29 de outubro. Considero um feito, o fato de ter chegado até aqui. Como meus amigos mais próximos estão no mínimo a uns 30 quilômetros de distância, sem falar os que estão acima dos 500 e até dos mil quilômetros, e ainda os que estão na Europa, a milhares de milhas daqui, minha vida social, eu que nunca fui de clubes, é a rede.

Decidi então assustar os transeuntes colocando minha caratonha no video para recitar um poema que gosto demais: Tarde, o primeiro do livro No mar, veremos, que lancei em 2001 pela Editora Globo. O resultado pode ser visto acima (está postado no
you tube). Aviso que ao vivo sou ainda pior.

Ontem, dia 28, tive o privilégio de participar de uma mesa junto com o professor e poeta Alcidess Buss, na Biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina, sobre o tema livro. Buss levantou uma série de tópicos fundamentais, como a necessidade de aprovação urgente da Lei do Livro, que dorme nas gaveas do Congresso há cinco anos. Falou da sua experiência na Alemanha, onde compareceu na Feira do Livro de Frankfurt, anunciando o avanço dos e-books.

Buss chamou a atenção da necessidade de as bibliotecas se transformarem em centros culturais importantes e leu trechos de um abecedário sobre estratégias do livro, escrito há mais de vinte anos e de grande atualidade. Entre muitas outras coisas. O poeta Alcides Buss é um autor atuante, um intelectual brilhante e um mestre muito considerado.

Hoje, 29 de outubro, Dia Nacional do Livro, celebro autorias e leituras nesta rede de relacionamento que vai gerar ainda novas realidades culturais. Pois é no excesso que acabamos acertando. É difundindo nossos textos, poemas, comentários, análises, desabafos, é quando nos cumprimentamos, por mais en passant que possa parecer, aí é que mora a lenta a prazerosa construção de uma sociedade atuante e viva.

Agradeço a todos os que me visitam e principalmente os que comentam. O Diário da Fonte vai continuar, olhando para frente, os lados, para trás, para cima. Somos um veículo completo e viajamos como as naves da obra máxima de Stanley Kubrick, 2001, Uma Odisséia no Espaço, com o chão que inventamos, com o espaço infinito diante de nós e com a sintonia perfeita entre seres apartados, mas em permanente comunhão.

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