7 de dezembro de 2010

SOBERANIA PÓS WIKILEAKS


O site Wikileaks, que por motivo de segurança já tem mais de 500 clones permitidos na rede, para evitar que suas revelações sejam deletadas, muda definitivamente o paradigma da ação política. Até agora, fazer oposição era descobrir, fundamentar e difundir denúncias contra governos, que se escondiam em discursos oficiais, negavam tudo e no lugar de suas falcatruas colocavam argumentos clássicos, hoje desmoralizados. Pois graças aos documentos espalhados como bomba por todo canto, sabemos o que eles fazem nos seus segredos diplomáticos e crimes imperiais. Já sabíamos ou desconfiávamos, mas agora não tem mais desculpa.

Estavam todos mentindo. Os americanos torturam em suas prisões, metralham civis desarmados, espionam instalações importantes em todos os países, devassam a vida dos estadistas estrangeiros. Os franceses corrompem as nações clientes para vender seus caças, que custam bilhões a mais, o Brasil tem as Farcs explorando urânio em seu território que é repassado para o Irã via Venezuela. A invasão das favelas, segundo o wikileaks, já estava planejada antes de haver os atentados no Rio, ou seja, é mentira que tenha sido montada a partir desses eventos. O plano previa a intervenção como modelo a ser exportado para todo o território nacional, como vimos depois no noticiário.

Ou seja, você não vai fazer oposição perguntando se o candidato sabe ou não fazer o sinal da cruz. Queremos saber o que o candidato fará com a soberania do país, se vai impedir que as Forças Armadas tomem conta da segurança da população civil, se as fronteiras continuarão abertas para o narcotráfico,se continuaremos fornecendo urânio para o Irã fabricar sua bomba, se vamos pagar mesmo bilhões a mais para comprar caças franceses. Precisamos saber o que os estadistas farão com a soberania, já que sabemos o que estão fazendo agora. Sim, é tarde demais, Dilma foi eleita, mas a vida continua, vem mais eleição por aí, desde que cuidemos das fraudes nas urnas eletrônicas, que já estão pipocando por todo lado.

A CIA arranjou uma pinguancha que envolveu sexualmente o principal protagonista Julian Assange , que agora está preso por cometer crimes sexuais logo na Suécia! país onde Garrincha deitou e rolou em 1958 fazendo filho em loirinha, entre outras estripulias. O coitado do nerd foi envolvido por ser RM, Ruim de Mulher. Fez sexo consentido e acabou sendo acusado de coisa feia. Hoje, heterossexual é criminoso. O deputado Jair Bolsonaro denunciou que em 2011 será distribuído um kit para crianças entre sete e dez anos que discute qual deve ser a profundidade da língua do beijo lésbico e como deve ser visto o menino que se apaixona pelo piu-piu alheio. É verdade, está tudo gravado e documentado.

É muita violência no país onde foram desmascarados os mais notórios jornalistas, todos eles aparelhados, a começar pelo ex-terrorista Franklin Martins, que agora quer regular a imprensa depois de ter ficado anos dizendo sandices na rede Globo, onde posava de isento. Vemos colunista da Folha Fernando Rodrigues chamando de maturidade democrática o continuísmo conseguido à custa de uma campanha criminosa e manipuladora. A súcia tomou o poder em todos os níveis.

Qual deve ser o teor da insubordinação agora? Denúncia não pega mais, está tudo escancarado. Eles fazem e pronto. Querem calar o protagonista mas não conseguem mais evitar as informações, que transbordaram em todas mídias. Precisamos nos concentrar nos temas que realmente interessam e lutar dia e noite contra o que querem fazer não apenas com nossas vidas, mas principalmente com nosso futuro, imediato e distante. Não dependemos mais dos “formadores de opinião”, que estão ocupados em sobreviver no bem bom. Contamos apenas com nós mesmos, os eternos combatentes do espírito livre e insurrecto.

RETORNO - 1. Imagem dessa edição: Soldados da "paz" fritam africanos em sessões de sadismo. O mundo não é mais o mesmo depois de tudo o que foi denunciado pelo Wikileaks.2. Alguns links: beijo lésbico e piu-piu.Franklin Martin assume que executaria o embaixador sequestrado. Sobre a wikiLeaks. Fraudes nas urnas eletrônicas do Maranhão.

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