7 de janeiro de 2012

PORTENTO


Nei Duclós

Há tempos não te fazia um soneto
é que estavas ocupada sendo
a mais bela e perfeita de Atenas
a mulher que fecha o comércio

O poema é apenas testemunha
do teu estrago entre sentimentos
Ao vivo és a cordilheira que por obra
da dinamite cai na platéia em pânico

Sei que o verso é mirrado diante
de tamanho portento que se rompe
como caixa de Pandora em queda livre

Mas isso não é álibi para evitar o verbo
que lambuzo em ti com pincel atômico
Podes ser deusa, mas sou teu homem


RETORNO - Imagem desta edição: Claudia Cardinale.

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