10 de junho de 2012

CÁLICE


Nei Duclós

Tomara que caia é cálice de ombros
oferta do teu corpo presa pelos seios
curvas à mostra, couvert de banquete
que promete para o próximo contorno

É o que diz o corpo, capa de recheio
quando se entrega, mas não se submete
mantém distância pelo que não tenho
e aproxima o que jamais concede

No meio de uma festa, a descoberto
é vestido mais doce do que a renda
escondida em tua arte transparente

É uma jura de amor por conveniência
pois não podes dar de modo explícito
a atenção enlouquecida que eu mereço


RETORNO - Imagem desta edição: Marylin Monroe.