10 de novembro de 2014

PAMPA É PALAVRA



Nei Duclós

Pampa é palavra, desconte o resto
Falso centauro de imaginária adaga

Fio mais no peixe do que no gado
A ponte tem raízes na memória

Sanga e arroio, perdiz e calçadas
o lenço e o feltro cobrem a cidade

Abri os arquivos de discurso e bala
confidências no chão batido da guerra

O cavalo passa junto com a guitarra
galope do tempo, vida vira quirera

Sorvo o coração de antigas terras
a experiência é uma erva rala

Laço a sanfona que toca outras eras
nasci no presente e a ti, flor, carrego



RETORNO - Imagem desta edição: foto de Marga Cendón

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