26 de agosto de 2015

DIAMANTINA



Nei Duclós

Não te escondas da beleza
que emana de ti, à revelia
queres ser normal, imaginando
assim tua natureza humana

Desista, deusa, desse objetivo
foste moldada pelo mau destino
quando ficou cansada a natureza
de errar à toa a criação impura

Cravou-te o extremo preciosismo
que desce dos ombros ate a cintura
e caprichou nas pernas, o colo e tudo
que deu sentido à terra empobrecida

És a riqueza que brota em formosura
brinco de jade, anel de diamantina
seta envenenada que surpreende
o pobre mortal que a admira

RETORNO -  Imagem desta edição: obra de Bouguereau.

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