30 de julho de 2017

PERIGO


Nei Duclós

Amor rompe o casulo
Inaugura o inaudito
Faz bagunça do discurso
Pega fogo no conflito

Diz bobagem de criança
Com ar de sabedoria
Como aula de autoajuda
Botando banca em subúrbio

Todos se penalizam
quando ocorre a bizarria
Pessoas normais desandam
gente pesada levita

Despeça quem for amante
Contrate quem não capricha
Na relação mais humana
que aposta na sintonia


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