28 de fevereiro de 2018

INÚTIL GEOGRAFIA



Nei Duclós

Inútil geografia que desanda
conforme pulamos umbrais do espaçotempo

Qual o lugar em que teu coração manda
que não seja desejo e convivência?

O que lembras quando te confinam
Quais janelas te assombram?
Onde o chão que te ofertou abrigo
E o piso sujo pelo pobre outono?

Tudo se fecha menos a cultura
Que cevas em teus braços mansos
Nada se presta a uma investidura
Que não seja oração em forma de futuro


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